segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Bom amigo (♂♀) eLe ..

Ajuda-te
Valoriza-te
Respeita-te
Acredita em ti
Nunca te goza
Compreende-te
Nunca se ri de ti
Aceita-te como és
Eleva o teu espírito
Caminha a teu lado
Perdoa os teus erros
Admira-te no teu todo
Acalma os teus medos
Oferece-te o seu apoio
Ajuda-te a levantares-te
Diz coisas lindas sobre ti
Ama-te por aquilo que és
Explica-te o que não entendes
Diz-te tudo sobre o teu coração
Entrega-se incondicionalmente
Diz-te a verdade, quando precisas ouvi-la
Grita-te, se necessário quando não queres "ver" a realidade

São coisas que não se destina só aos bons amigos mas sim a todas as pessoas que nos rodeiam e fazem parte da nossa vida... mas infelizmente não se verifica na generalidade das pessoas :(

sábado, 19 de outubro de 2013

Uma pedra ...

Hoje vi uma pedra. Era uma pedra diferente porque todas as pedras são diferentes, mas aquela era ainda mais diferente, pelo menos, para mim que sou diferente dos indiferentes e nem uma pedra me deixa indiferente... Aquela não me deixou. Era a minha pedra ou era apenas a pedra que gostaria que fosse minha. Acho que nunca tive um pedra idêntica à que vi hoje, que me fez parar e olhar para ela. Não lhe pude tocar devido à altura da minha cadeira de rodas. Se tentasse baixar-me para ter a ousadia de lhe pegar, de lhe tocar, de sentir sua textura quase inexistente, correria o risco de bater com a cabeça nela e podia partir... a pedra! Apaixonei-me por uma pedra, porque não? É natural. Uma pedra faz parte da natureza, logo, posso-me apaixonar por uma pedra, como por uma flor, uma árvore, um animal ou, simplesmente, por uma mulher qualquer. Aquela pedra, naquele estranho espaço de tempo, não era um objeto banal, era a pedra preciosa que nunca tive e não consegui forma de a trazer comigo. Estava deleitada num recanto dum jardim fofo e verde, molhada por uma chuva miúda como ela própria, essa pedra tão doce, cor de mármore, veias artísticas, linhas curvas tão sensuais e minúsculas cavidades tão seditoras. As palavras são escassas para descrever tamanha beldade da pedra que nunca mais vi, porque fui cobarde e retirei-me da sua presença, afastamento marcado pelas rodas da minha cadeira elétrica. Não a esqueço, só penso naquela que transformou meu coração... em pedra.


Conselho Nacional da Associação Portuguesa de Deficientes

Ida a Lisboa