sábado, 18 de abril de 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Governo quer «guerra» às barreiras arquitectónicas

A secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz, alertou para a necessidade de os poderes públicos disponibilizarem parte dos seus orçamentos para facilitar a circulação de pessoas com deficiência nas cidades.
«É fundamental que hoje consigamos dar condições de acessibilidades a todos, melhorando a sua qualidade de vida. Se houver vontade e se nós afectarmos uma fatia dos nossos orçamentos para a eliminação das barreiras arquitectónicas isso é possível, temos é de ter noção de que não será de um dia para o outro», disse a responsável, depois da assinatura do protocolo «Lousã - Destino de Turismo Acessível».
Segundo a secretária de Estado, o município tem sido um exemplo nesta área, quer na mobilidade quer em acções de integração de deficientes, como a dinamização de modalidades desportivas radicais.
Além de ser um «caso de estudo internacional», acrescentou, a Lousã tem conseguido fixar estrangeiros e receber propostas de parcerias internacionais devido ao seu trabalho a nível das acessibilidades, fruto da «vontade política da Câmara» e de uma candidatura ao Plano Operacional de Potencial Humano, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, já aprovada e financiada a 100 por cento com 900 mil euros.
«Não será alheio, neste contexto, o facto de a Lousã ter um provedor para a deficiência, o que tem dado um impulso significativo à criação de um território sustentável, mais amigável», disse Idália Moniz.
O protocolo hoje assinado envolve também uma série de parceiros locais com os quais a autarquia quer colaborar para reforçar agora o título de «destino de turismo acessível».
Idália Moniz sublinhou, no entanto, que a missão de facilitar a circulação de portadores de deficiência é um processo «inacabado» e «em constante actualização», que requer não só a eliminação de barreiras «naquilo que andamos a construir durante séculos», como a dotação dos novos edifícios destas valências.
Ainda assim, a responsável revelou ainda não terem sido recebidas queixas de associações da área da deficiência no contexto da mais recente lei das acessibilidades, em vigor há mais de um ano.
«Temos uma lei que permite que sejamos implacáveis», afirmou Idália Moniz.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Cientistas descobrem processo para criar células humanas estaminais mais seguras

26.03.2009 - PÚBLICO
Quando em 2006 se conseguiu transformar células adultas em células comparáveis às estaminais, capazes de se diferenciar em qualquer tipo de tecido, deu-se uma viragem nesta área de investigação. As chamadas células IPS (pluripotentes estaminais induzidas) eram originalmente “forçadas” a este processo através de um vírus com genes adicionados para desencadear a transformação. O problema era que o ADN do vírus incorporava-se para sempre no das células, o que poderia provocar uma alteração tal no seu metabolismo que em alguns casos desenvolvia-se um cancro.
Desta vez, a equipa de James Thomson, que produziu pela primeira vez em 2007 as células IPS humanas, deu um passo à frente utilizando pequenos pedaços de ADN circular chamado plasmídeos para fabricar as IPS. Estes plasmídios já não pervertem o ADN destas células, aumentando o potencial para serem utilizadas na medicina regenerativa sem os problemas éticos que envolvem as células estaminais embrionárias. A descoberta foi publicada on-line na “Science”.
“Acreditamos que esta seja a primeira vez que células IPS criadas estejam completamente livres de sequências transgénicas”, disse Thomson em comunicado, referindo-se ao ADN alienígena do vírus que antes ficava inserido no genoma da célula. Os plasmídeos levam os genes necessários à transformação, "mas não se integram no ADN da célula hospedeira, simplesmente flutuam à volta no interior da célula”, disse o investigador da Universidade de Madison no Wisconsin, EUA.
A investigação foi feita em fibroblastos da pele, células que produzem substâncias que garantem a coesão entre os tecidos. Os plasmídeos inseridos nos fibroblastos levam genes que revertem o metabolismo e as modificações no genoma, tornando a célula semelhante a um estado embrionário e pronta para ser uma dos 220 tipos de células diferente que o corpo humano tem.
Apesar dos plasmídeos se replicarem dentro das células, vão-se tornando menos capazes de o fazer, até que os cientistas podem escolher células IPS sem plasmídeos. “Assim que eles terminam o seu trabalho, não são mais necessários”, sublinha Thomson.
Outras equipas já tinham conseguido retirar grande parte dos genes que os vírus introduziam no ADN das células ou utilizaram técnicas semelhantes a esta, mas em ratinhos. “Vai ser crucial determinar qual dos métodos produz de uma forma mais consistente células IPS com as menores anomalias genéticas. Qualquer problema vai ter impacto na investigação, no desenvolvimento de fármacos e possivelmente em terapias de transplante”, concluiu o cientista.

Euromilhões??? Nãoooooooooooo....

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A verdadeira riqueza de um homem é o bem que ele faz neste mundo.
(Maomé)

terça-feira, 14 de abril de 2009

"Não Sei Nada Sobre o Amor” - Primeiro romance Julia Pinheiro


A apresentadora de televisão Júlia Pinheiro escreve o primeiro romance "Não Sei Nada Sobre o Amor"

domingo, 12 de abril de 2009

Células Estaminais: Terapias Celulares e Engenharia de Tecidos Humanos

A Engenharia de Tecidos (ET) humanos combina numa mesma abordagem, e sempre com uma orientação fortemente virada pala a aplicação clínica, células estaminais do próprio paciente (abordagem autóloga) e suportes poliméricos (vulgo plásticos) biodegradáveis.
Estes suportes tridimensionais são produzidos com determinadas características adequadas ao tipo de células estaminais que neles serão "semeadas". Esta combinação células/materiais é depois cultivada em in-vitro, iniciando a formação do tecido em questão, sendo passado algum tempo implantada no paciente original, o "dador" das células.
Numa situação ideal o plástico degrada-se, sendo reabsorvido, as células continuam a formar tecido e no final temos regeneração total do defeito ou tecido.
De facto a ET surge do cruzamento de diferentes áreas, como biologia, química, física e engenharia e pretende conseguir a reparação e regeneração de um dado órgão ou tecido que já não consegue desempenhar correctamente a sua função biológica.
Em termos muito simples, a Engenharia de Tecidos pretende substituir as "peças" defeituosas e estragadas do nosso corpo.
No Grupo de Investigação 3B's - Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos (www.dep.uminho.pt/3bs) - existe uma grande esforço e uma estratégia bem pensada e implementada no sentido de desenvolver estratégias eficazes de Engenharia de Tecidos.
O grupo, um dos mais activos grupos científicos Portugueses, está fortemente envolvido em vários projectos e cooperações internacionais. Numa estratégia eficiente de Engenharia de Tecidos, acredita-se nos 3B´s - U. Minho que combinar materiais de suporte adequados com células estaminais adultas é claramente o caminho a seguir. As células estaminais foram reconhecidas desde que a histologia e a embriologia desvendaram o segredo da vida, dos tecidos e dos órgãos.
Estas células podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um processo de diferenciação e, em teoria, manter a capacidade de substituir qualquer célula do corpo humano.
Mas há que entender, que ao contrário do que muitas vezes passa para a opinião pública, não existem só células estaminais embrionárias, mas também adultas, por exemplo na gordura ou na medula óssea. Estas células estaminais, se utilizadas adequadamente em terapias celulares ou engenharia de tecidos, podem regenerar qualquer tipo de tecido ou órgão danificado.
Nos 3B´s acredita-se que para muitas aplicações no domínio das terapias celulares, e engenharia e regeneração de tecidos, a utilização de células estaminais adultas poderá ser suficiente.

Todavia para encontrar soluções para problemas como diabetes, Parkinson, Alzheimer, doenças cardíacas, entre outras, e para ser possível encontrar uma terapia eficaz que possa resolver estas e outras doenças ainda sem tratamento na sociedade moderna, será certamente necessário a utilização de células estaminais embrionárias.
De modo a garantir a disponibilidade de células estaminais (por exemplo de medula óssea ou do cordão umbilical) quando estas são necessárias para determinadas terapias, é necessário a sua preservação para utilização posterior (muitas vezes largas dezenas de anos depois da colheita).
Surge assim, a criopreservação que pode ser definida de um modo muito simples como a manutenção de células retiradas do corpo através do congelamento das mesmas em condições especiais que permitam que elas se mantenham "adormecidas" até serem novamente necessárias.
A criopreservação das células estaminais, nomeadamente do cordão umbilical, é já praticada no nosso país por diversas empresas privadas. Eu acredito que os sistemas público e privado devem coexistir na criopreservação de células estaminais.
Acho que algumas terapias poderão vir a ser possíveis com abordagens heterológas e é necessário que essas terapias estejam disponíveis para toda a população e não só para alguns privilegiados. São assim necessários os bancos públicos.
Mas entendo também que é claramente desejável que exista a possibilidade de abordagens autólogas (algumas terapias serão sempre unicamente possíveis recorrendo a células do próprio paciente), nas quais o cidadão como indivíduo tem o poder de decisão. Poder guardar um pouco de si que mais tarde nos poderá salvar a vida, parece algo retirado de um filme de ficção científica: mas não é. É o futuro, que está já aí.
Por exemplo na nossa empresa Stemmatters (de que sou Presidente e responsável cientifico - CSO), vencedora do prémio nacional de empreendedorismo START (do BPI e Microsoft) em 2007, temos um modelo de negócio único.
Baseia-se parcialmente em criopreservação, mas a ideia é oferecer serviços vocacionados para a valorização terapêutica de vários tecidos, incluindo o adiposo, cujo potencial biomédico é muito elevado, mas negligenciado.
A nossa oferta é de facto distinta e complementar por exemplo das empresas que trabalham na criopreservação do sangue do cordão umbilical. A primeira diferença é evidente, muitos de nós não tiveram oportunidade de crioperservar o sangue do cordão à nascença porque o serviço não existia.
Acresce ainda que somos uma empresa fortemente baseada em know-how de ponta e somos líderes científicos internacionais em diversas das áreas em que vamos operar.

Assim vamos poder oferecer não simplesmente uma forma de congelar e guardar as células, mas também formas únicas de isolamento e serviços de expansão que não estão ao alcance de outras empresas.
O isolamento de determinadas populações e a sua expansão (de um modo muito simples multiplicação ainda sem diferenciação) são críticas para o desenvolvimento de novos tratamentos particularmente em pacientes adultos. Há ainda que acrescentar que vamos oferecer suportes tridimensionais para cultura de células.
Esta é uma área onde somos claramente líderes mundiais e existe de facto uma grande procura destes suportes para actividades de I&D, que vamos potenciar colocando toda a gente a trabalhar com os nossos materiais.
Com base nestes dois tipos de actividades a nossa empresa pretende, a partir de 2014-2015, chegar ao top do grande mercado das terapias regenerativas de osso, cartilagem e pele, usando abordagens autólogas baseadas em células estaminais adultas e suportes plásticos 3D para o seu cultivo.

Dr. Rui Reis, Director do grupo 3B's - Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho, e Presidente da empresa Stemmatters

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A estrelinha :-P

Obrigada pela surpresa ...

domingo, 5 de abril de 2009

AMOR SEM TRÉGUAS

É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.
Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não se vê.
Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá o que for.
Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
que a sonhar se precise.
Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.
Amar como o homem forte
só ele sabe e pode-o;
amar até à morte,
amar até ao ódio.
Que o ódio, infelizmente,
quando o clima é de horror,
é forma inteligente
de se morrer de amor.

António Gedeão

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Proverbio do mês

Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril, Abril, está cheio o covil.
Em Abril águas mil.
Em Abril queima a velha o carro e o carril.
Em Abril, cada pulga dá mil.
Em Abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
Em Abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu cuvil.
Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
Não há mês mais irritado do que Abril zangado.
No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim.
Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso.
Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
Uma água de Maio e três de Abril valem por mil.