sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson - morreu o rei do pop

A estrela pop Michael morreu em Los Angeles aos 50 anos. A morte deveu-se a um ataque cardíaco de causas ainda desconhecidas. O músico sofreu uma paragem cardio-respiratória e não respondeu favoravelmente às manobras de ressuscitação por parte dos paramédicos, que o tentaram socorrer em sua casa.

Horas depois da morte de Michael Jackson já o debate começou: terá sido ele a maior estrela de sempre da música? Os fóruns na Internet dividem-se e os principais «rivais» são Elvis Presley e os Beatles. Mas numa coisa os fãs de música são unânimes: Michael Jackson foi a primeira super-estrela negra.

Tina Turner, Ray Charles, Louis Armstrong e Stevie Wonder são alguns dos nomes que marcaram a história da música. Mas nenhum mobilizou uma legião de fãs tão apaixonada como os de Michael Jackson.

Mais do que no mundo música, o rei da pop foi uma referência artística para várias gerações de pessoas por todos os cantos que passaram horas a tentar imitar o «moonwalk» [o famoso movimento de dança de Michael Jackson].

O reverendo Al Sharpton, um líder na luta pelos direitos civis nos EUA, resumiu os outros candidatos: Oprah Winfrey, Tiger Woods e Barack Obama. Na televisão, no desporto ou na política, uma mulher e dois homens negros que de alguma forma mudaram o mundo.

Em relação a todos eles, Michael Jackson tem uma vantagem: ele foi o primeiro. Era mais novo que Oprah, mas ficou conhecido primeiro. Quando Tiger Woods deu as primeiras tacadas, já os Jacksons vendiam milhares de cópias. E quanto ao presidente dos EUA, só o futuro dirá se Obama conseguirá ultrapassar o mediatismo que até o recorde de disco mais vendido de sempre do Guinness assegurou.

Para arrecadar o título de primeira super-estrela negra, Michael Jackson tem, no entanto, uma enorme desvantagem: a mudança de cor do cantor, nunca esclarecida se por opção ou por doença.

Transformação de Michael Jackson

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Único banco europeu de células estaminais fez 400 colheitas em meio ano

Meio ano após ter sido inaugurado, o único banco de conservação de células do tecido do cordão umbilical na Europa já fez 400 colheitas. Os investigadores afirmam que estas células poderão vir a ser utilizadas em Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e na diabetes.
Até agora, a recolha de células estaminais era apenas feita a partir do sangue do interior do cordão umbilical (células hematopoiéticas), mas dois investigadores portugueses descobriram os meios para preservar as células estaminais do cordão umbilical (mesenquimais), um avanço que permite aplicações terapêuticas mais vastas.
“As aplicações das células estaminais da matriz do cordão umbilical são complementares às aplicações das células hematopoiéticas”, disse o investigador Pedro Cruz, durante uma visita ao laboratório que faz a colheita destas células, um serviço único na Europa e um dos dois existentes actualmente em todo o mundo.
As células hematopoiéticas têm sido utilizadas na terapêutica de várias doenças do foro sanguíneo, tais como leucemias e alguns tipos de anemia, entre outras.
Este novo serviço vai permitir outras aplicações, que até aqui não eram possíveis, relacionadas com a reconstrução de tecidos, como músculos e cartilagens, lesões por Acidente Vascular Cerebral, diabetes tipo 1, tratamento de feridas crónicas (pele) e aceleração de reconstituição do sistema sanguíneo em doentes oncológicos.
Pedro Cruz adiantou que já existem “vários ensaios clínicos em pacientes que demonstram benefícios a nível de um conjunto diverso de patologias, que vão desde o enfarte do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral à regeneração óssea, cartilagem”.
Segundo Hélder Cruz, outro investigador, as células mesenquimais são compatíveis com os familiares directos do bebé o que vai permitir que pais e irmãos da criança possam beneficiar também das suas potencialidades.
O processamento das células faz-se no laboratório Cytothera, na Amadora, onde, em média, chegam seis a oito recolhas diárias, que depois são submetidas a um trabalho minucioso.
Geralmente as amostras são levadas pelos pais, como contou Marta Lopes, responsável técnica do laboratório, que foi mãe há seis meses e fez a recolha das células hematopoiéticas e mensenquimais do seu filho.
Marta Lopes explicou todo o processo até à criopreservação das células recolhidas da matriz do cordão umbilical.
O cordão chega em seco. Depois de limpo e preparado, o tecido fica uma noite numa solução com antibiótico para evitar qualquer tipo de contaminação. Posteriormente é colocado numa “solução digestão” que vai "destruir" o tecido para permitir que as células estaminais se libertem.
Por fim, as células vão ser divididas em três fracções: uma é congelada no próprio dia e as outras duas fracções - cada uma com um milhão de células, no mínimo - vão ficar em multiplicação durante 15 a 30 dias.
No final do processo, as células são colocadas durante 20 anos num tanque a 190.º graus negativos.
Questionado sobre quanto tempo estas células podem ser preservadas, o investigador Pedro Cruz afirmou que a perspectiva é que seja durante “muitas épocas, tendo em conta a experiência que já existe não só com estas células, mas também com outras células semelhantes”.
Pedro Cruz anunciou um investimento de dois milhões de euros para os próximos dois anos para aplicações clínicas. Perto de um milhão é do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
“O que fizemos até agora foi desenvolver o método para obter e isolar estas células, um método muito robusto que permitisse obter células em quantidade e qualidade para as terapias. Agora a fase que se segue é a das aplicações clínicas”, sublinhou.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sou deficiente!

Nasci para o mundo como tu nasceste
A minha substância é semelhante à tua.
Ao seres assim, não te julgues mestre,
A vida às vezes, naturalmente, recua…
Troças de mim… Achas que bem fizeste?
É fracasso que o teu observar insinua.
Julgas-te superior! Um erro cometeste,
Porque ninguém sabe qual sorte a sua…
Sou um simples homem, enfim aleijado,
Não esqueço quão difícil foi o passado,
Lembro-te o que deves ver no presente…
Nunca te convenças monarca herdado,
Observa o irmão que habita ao teu lado,
É digno ser humano, mesmo deficiente.
Jornal APD/Junho.09
Fernando Pereira

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cavaco inaugura Instituto de Excelência de Medicina Regenerativa Tecidos

O Presidente da Republica, Cavaco Silva, inaugura dia 25, em Guimarães, o novo edifício do Instituto Europeu de Excelência de Medicina Regenerativa de Tecidos, onde trabalham 120 investigadores de 20 países.
O presidente do Instituto, o investigador Rui Reis, adiantou que a estrutura "permite realizar investigação que passa pelo desenvolvimento (síntese) de novos materiais biomédicos, o seu processamento, modificação, e caracterização, e, em condições limpas e que permitem processar/tratar muito pequenas quantidades de materiais grande custo.
Tem também "condições ímpares para toda a componente de isolamento, expansão e diferenciação de células estaminais de diferentes origens, incluindo o uso de bioreactores específicos e toda a caracterização molecular e celular".
O investigador salientou que o Instituto "associa, ainda, a possibilidade de realizar ensaios em pequenos animais, ratinhos, ratos e coelhos, assegurando condições excepcionais para o desenvolvimento de investigação multidisciplinar, que são críticas para o sucesso desta área de investigação".
Acrescentou que a componente industrial assegura uma efectiva orientação no sentido da exploração dos resultados obtidos.
As infra-estruturas de apoio e as características técnicas do edifício, incluindo particulares de segurança e confidencialidade, bem como a sua funcionalidade, "são de excelente qualidade".
O edifício acolhe, ainda, o grupo de investigação 3B´s (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos) da UMinho que, assim, "poderá potenciar a sua actividade, assumindo uma posição de ainda maior preponderância a nível europeu e mundial".
Actualmente - garante Rui Reis - "o grupo 3B´s já é uma das unidades de investigação europeias com maior produtividade científica nas áreas da engenharia de tecidos humanos, medicina regenerativa, biomateriais e células estaminais, sendo fortemente competitiva e conceituada a nível mundial".
A rede de instituições de excelência, bem como o modelo de associação assumido, "permitirão à Europa assumir uma posição internacional fortemente competitiva no domínio da engenharia de tecidos e da medicina regenerativa".
O AvePark, Parque de Ciência e Tecnologia, onde o Instituto tem sede, está projectado para acolher, no prazo de 10 anos, 200 empresas tecnológicas.
A deslocação do PR ao Avepark decorre no quadro da visita que efectua a Guimarães, para presidir às comemorações do dia 24 de Junho, feriado municipal em que se evoca a Batalha de São Mamede, e que se integram, este ano, nas comemorações do nono centenário do nascimento de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

domingo, 21 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Importância das células estaminais na Criostaminal

A Crioestaminal realiza, entre os dias 19 e 21 de Junho, o Congresso «Stem Cells in Health Biotechnology», um evento que reúne vários especialistas mundiais que irão debater as novidades científicas sobre a importância das células estaminais na saúde.Em parceria com a Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular (SPCE-TC), a Crioestaminal promove o congresso «Stem Cells in Health Biotecnology», que se realiza de 19 a 21 de Junho, no Biocant Park, em Cantanhede.O congresso terá como temas principais «as aplicações clínicas das células estaminais do sangue do cordão umbilical», a «caracterização e a biologia das células estaminais» e a «biotecnologia e engenharia dos tecidos», abordados no dia 20 de Junho.Rui Reis, presidente da SPCE-TC, será um dos especialistas portugueses que marcarão presença na iniciativa, onde irá abordar as vantagens da aplicabilidade das células estaminais ao nível da medicina regenerativa.Também o investigador Lino Ferreira, vencedor do Prémio Crioestaminal 2008, falará durante o congresso sobre o uso das células estaminais no tratamento de doenças cardiovasculares, tema que lhe valeu a distinção.Ainda especialistas internacionais integrarão o encontro que surge no âmbito da política de apoio à investigação cientifica.

Um terço dos deficientes é analfabeto

As barreiras físicas e sociais que ainda existem em Portugal levam a que um em cada três portugueses com deficiência seja analfabeto, alerta Ricardo Ferreira, da Assistência Médica Internacional (AMI).
Esta sexta-feira, um grupo de especialistas reúne-se na Fundação Caloustre Gulbenkian, em Lisboa, para debater o tema «Deficiência e pobreza/Acabar com o ciclo vicioso».
Humberto Santos, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), afirmou que o objectivo é «fazer um diagnóstico da situação das pessoas com deficiência em Portugal e apresentar propostas».

37 por cento sem Educação

Com base nos Censos de 2001, os estudos indicam que «37 por cento das pessoas com deficiência não possuem qualquer nível de educação, ou seja, um valor 11 por cento mais elevado do que os registados na população total».
Segundo Ricardo Ferreira, «além das barreiras físicas que tornam difícil o acesso das crianças à escola, existem muitas famílias, em situação de pobreza e com uma taxa elevada de analfabetismo, para quem a escolaridade não tem muita importância e que passam isso aos filhos. Há ainda muitos outros casos de abandono precoce da escola em detrimento do mercado de trabalho».
A realidade mostra que 21 por cento das pessoas com deficiência, entre os 25 e os 70 anos, não completou o 1.º ciclo do ensino básico. Os que prosseguiram os estudos além do ensino básico não ultrapassam os cinco por cento e os que detêm um diploma de ensino médio ou superior são somente dois por cento.

Um por cento com emprego

Já ao nível do emprego há menos de um por cento de trabalhadores com deficiência empregados. DE acordo com dados, «a Administração Pública portuguesa emprega pouco mais de três mil pessoas com deficiência».

quinta-feira, 18 de junho de 2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Proverbio do mês

Em Junho, foicinha em punho.
Se o vento bailar, em noite de S. João, vai tardar o Verão.
Chuva junhal , fome geral.
Lavra por S. João, se queres ter pão.
Ande o Verão por onde andar, no S. João há-de chegar.
Até ao S. Pedro, o vinho tem medo.
Chuva no S. João, talha o vinho e não dá pão.
Junho floreiro, paraíso verdadeiro.
Galinhas de S. João, pelo Natal poedeiras são.
Para o S. João, guarda a velha o melhor tição.
Ouriços no S. João, são do tamanho dum botão.
Pelo S. João, deve o milho cobrir o rabo do cão.
Sardinha de S. João, já pinga no pão.
Quando o vento ronda o mar na noite de S. João, não há Verão.
Junho calmoso, ano famoso.
Ande onde andar o Verão, há- de vir no S. João.
Chuva no S. João, bebe o vinho e come o pão.
Lavra por S. João, se queres haver pão.
Chovam trinta Maios e não chova em Junho.
Chuva de Junho, peçonha do mundo.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Feno alto ou baixo, em Junho é cegado.
Junho calmoso, ano formoso.
Junho floreiro, paraíso verdadeiro.
Junho, dorme-se sobre o punho.
Junho, foice em punho.
Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.
Para Junho guarda um toco e uma pinha, e a velha que o dizia guardados os tinha.
Sol de Junho, madruga muito.

Europeias: deficientes sem acesso ao voto


A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) queixou-se esta segunda-feira da falta de acessibilidade por parte das pessoas com deficiência às mesas de voto.
A menos de uma semana das eleições Europeias, o Presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, Humberto Santos, revelou que a «situação é absolutamente inaceitável» e que podia já ser evitada nestas eleições.
O presidente da APD criticou a existência dos locais de voto inacessíveis não só a pessoas com deficiência, mas também a pessoas com dificuldades a nível motor.
«As pessoas são transportadas para as assembleias de voto como se não passassem de um objecto», crítica Humberto Santos. Como medidas, refere a responsabilização de várias entidades, a sensibilização para quem escolhe os espaços, a criação das assembleias de voto no rés do chão dos edifícios, a maior proximidade das mesmas.
De acordo com o presidente da APD, foram contactadas três entidades, a Associação Nacional de Municípios, a Comissão Nacional de Eleições e o Ministério da Administração Interna. As respostas são «vagas», revela Humberto Santos que afirma já falar do assunto há meses. «Ninguém é responsável por nada», ironiza.
Boletins de voto em Braille para invisuais
Esta segunda-feira ficou decretada a distribuição de vários boletins de voto em braille pelas várias assembleias de voto. Humberto Santos aplaude a medida tomada pelo Ministério da Administração Interna.
«É uma óptima solução. Coloca as pessoas com deficiência visual em igualdade social», destaca.