Na televisão portuguesa há um excesso de termos acabados em "jacking", sendo que a primeira fase começou com o "car jacking". Tudo bem. O problema existe, é real. Mas já não chega recorrer a notícias relacionadas com este tema nos telejornais? A novidade de hoje é o "Home jacking" - já não se assaltam casas, mas pratica-se este "home jacking" lançando o pânico para a mente dos portugueses que só acreditam e têm acesso ao que vêem na televisão. É inclusive ridículo recorrer a novos termos de maneira desenfreada, quando há equivalentes ou outras maneiras de dizer a mesma coisa. As pessoas pensam que só existem os problemas que passam no telejornal e a partir do momento que passam no telejornal. Antes disso, os problemas simplesmente não existiam, porque não se falavam neles. Antes não haviam raptos, não haviam assaltos, não haviam desastres, não haviam violações, não haviam car jackings nem home jackings!!! . . .
Enfim, uma prática mais que conhecida, mas a que o rebaptismo em inglês conferiu um novo prestígio, tornando-a o crime da moda. Os seus agentes não são vulgares ladrões ou assaltantes, são carjackers.
Vários outros crimes da mesma família deveriam beneficiar de mudança de nome, de forma a conferir-lhes o destaque que igualmente merecem.
Sugiro as seguintes alterações:
assalto a residências - house (ou home) jacking;
assalto a bancos - bankjacking
assalto a autocarros - busjacking
assalto a bicicletas (mais raro) - bikejacking
assalto a aviões - aircraftjacking
assalto a navios - navejacking
assalto a pessoas para apropriação da carteira - bagjacking (não confundir com o pickpocketing)
assalto a pessoas para apropriação do telemóvel - cellphonejacking
É uma lista provisória, que será gradualmente completada, com a colaboração de entidades policiais e delinquentes.A língua portuguesa agradece este enriquecimento súbito e inesperado.
3 comentários:
Muito interessante o teu artigo. Também tinha intenção de escrever sobre o mesmo tema. Acontece porém que se o fizesse estaria a incorrer em plágio uma vez que a ideia concebida era muito parecida com a tua. Vou ver o teu perfil. És aluna de ciências da comunicação? Fiz parte desse projecto na Universidade Fernando Pessoa. Força. Gostei da tua técnica de escrita
Muito interessante o teu artigo. Também tinha intenção de escrever sobre o mesmo tema. Acontece porém que se o fizesse estaria a incorrer em plágio uma vez que a ideia concebida era muito parecida com a tua. Vou ver o teu perfil. És aluna de ciências da comunicação? Fiz parte desse projecto na Universidade Fernando Pessoa. Força. Gostei da tua técnica de escrita
Brilhante
Partilho por completo da opinião já expressa em comentário anterior.
A perspectiva colocada neste artigo de opinião evidencia uma visão inovadora sobre o fenómeno social da marginalidade e a forma como ele passa nos "media" para o comum dos cidadãos.
Brilhante será a palavra certa para classificar este artigo de opinião.
Brilhante pela criatividade e inovação na forma de colocar a questão.
Brilhante pelo sentido de oportunidade na temática.
Estou em crer que pessoas como Eng. Paes do Amaral, detentor do maior grupo editorial português - o grupo Leya - não deviam deixar de estar atentos aos artigos aqui colocados .....
E por aqui me fico, certo de ser um dos privilegiados pela leitura atenta que tenho realizado dos artigos aqui colocados.
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