sexta-feira, 16 de maio de 2008

Jovem diz ter sido violada na Queima das Fitas, em Braga

Uma caloira, de 18 anos, da Universidade do Minho, acusa um colega, de 25 anos, de a ter violado na madrugada do dia 12 de Maio no recinto onde decorre o «Enterro da Gata», a festa dos estudantes de Braga.
A aluna contou que estava com uns amigos numa das barracas de bebidas do recinto quando, por volta das 4h30, o suspeito da violação, namorado de uma amiga, a abordou.
«Agarrou-me e puxou-me à força, porque até é um pouco bruto». A jovem achou que o colega a puxava para junto de outros amigos numa outra barraca mais à frente. «Só me apercebi do perigo quando ele me atirou para dentro de uma tenda escura».
A estudante conta que já conhecia o «cardeal» - «Ele estava a tentar que fosse a bem», mas a jovem fê-lo perceber que não estava interessada. Foi aí que o suspeito reagiu de forma agressiva. «Batia-me e atirava-me contra a parede». De cada vez que tentava gritar, «o comportamento violento repetia-se». A jovem quase não conseguiu defender-se do colega, que «é grande e tem muita força».
A aluna, que não quer voltar à universidade, tem lesões em todo o corpo, que diz terem sido fotogradas no Instituto de Medicina Legal do Porto, para investigação no Ministério Público.
Depois de o suspeito a abandonar, a jovem cruzou-se com outros colegas no recinto, mas não lhes contou. Foi para casa dormir. Quando acordou foi para casa da família, na Póvoa de Varzim, «com o corpo todo dorido». A mãe da vítima deseja a punição do sujeito e a reitoria da Universidade já se prestou a disponibilizar todo o apoio necessário.
Queima das fitas e praxes só servem para os estudantes se enfrascarem e libertarem os seus instintos animalescos.

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