A palavra "EUTANÁSIA" é composta de duas palavras gregas ― "eu" e "thanatos" ― e significa, literalmente, "uma boa morte". Na actualidade, entende-se geralmente que "eutanásia" significa provocar uma boa morte ― "morte misericordiosa", em que uma pessoa acaba com a vida de outra pessoa para benefício desta. Este entendimento da palavra realça duas importantes características dos actos de eutanásia. Primeiro, que a eutanásia implica tirar deliberadamente a vida a uma pessoa; e, em segundo lugar, que a vida é tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence ― normalmente porque ela ou ele sofre de uma doença terminal ou incurável. Isto distingue a eutanásia da maior parte das outras formas de retirar a vida.
2 comentários:
Eutanásia
A eutanásia corresponde à morte medicamente assistida por vontade própria do interessado ou, em caso de este se ver impossibilitado de a manifestar, por vontade de um seu familiar.
Ao longo da minha vida, mesmo em momentos muito dificeis e críticos, mantive sempre a esperança. Sei que nem sempre esta é uma atitude racional.
Mas tambem sei que muitas vezes há coisas que acontecem que a razão e o saber humano não consegue explicar. Chamam-lhe milagre. A propria vida se a analisar-mos bem é em si mesmo um milagre.
O trabalho e a função médica é a de tudo fazer para lutar pela vida de quem quer que seja. Mas tambem é a de tudo fazer para que o ser humano tenha a melhor qualidade de vida possivel. Ao médico, seja ele quem for, não cabe decidir sobre a vida de ninguem, mas sim lutar por ela. A cada Ser Humano cabe decidir sobre si mesmo em liberdade e em consciencia plenas, tendo sempre presente o papel unico e insubstituivel que representa para toda a sociedade e, em particular, para aqueles que o rodeiam e lhe são queridos.
F. Jorge
Deixar a Deus o que só a Deus pertence.
A Eutanásia ou morte clinicamente assistida a pedido do próprio ou, maioria das vezes, a pedido de terceiros (família) é enquanto fim em si mesmo eticamente reprovável e moralmente inaceitável.
Importa contudo referir que um acto médico cujo objectivo é retirar sofrimento (dor física ou psicológica) a um paciente e que, por motivos vários, redunda na morte do mesmo, não deve ser entendida como eutanásia.
A este propósito dou aqui um simples exemplo para que se entenda melhor. Um médico que no desenvolvimento do seu trabalho administra fármacos como a morfina ou outros no sentido de aliviar a dor a determinado doente, sabe à partida que aqueles fármacos afectam o coração pondo em risco a sobrevivência do paciente. Mas se faz essa opção é porque ela se afigura a melhor e a mais correcta em determinado momento. Não devemos confundir um acto médico deste tipo com eutanásia, na medida em que este tipo de intervenções visa a melhoria da qualidade de vida do ser humano e é comum em Portugal como no resto do Mundo civilizado.
A eutanásia é algo bem diferente é deixar ao médico, ao doente e a seus familiares uma opção deliberada de colocar fim à vida. Esta decisão não cabe aos Homens.
Aos Homens sejam eles profissionais de saúde ou outros cabe lutarem pela vida nas melhores condições possíveis. Deixe-mos a Deus o que a Deus pertence.
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