segunda-feira, 1 de junho de 2009

Europeias: deficientes sem acesso ao voto


A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) queixou-se esta segunda-feira da falta de acessibilidade por parte das pessoas com deficiência às mesas de voto.
A menos de uma semana das eleições Europeias, o Presidente da Associação Portuguesa de Deficientes, Humberto Santos, revelou que a «situação é absolutamente inaceitável» e que podia já ser evitada nestas eleições.
O presidente da APD criticou a existência dos locais de voto inacessíveis não só a pessoas com deficiência, mas também a pessoas com dificuldades a nível motor.
«As pessoas são transportadas para as assembleias de voto como se não passassem de um objecto», crítica Humberto Santos. Como medidas, refere a responsabilização de várias entidades, a sensibilização para quem escolhe os espaços, a criação das assembleias de voto no rés do chão dos edifícios, a maior proximidade das mesmas.
De acordo com o presidente da APD, foram contactadas três entidades, a Associação Nacional de Municípios, a Comissão Nacional de Eleições e o Ministério da Administração Interna. As respostas são «vagas», revela Humberto Santos que afirma já falar do assunto há meses. «Ninguém é responsável por nada», ironiza.
Boletins de voto em Braille para invisuais
Esta segunda-feira ficou decretada a distribuição de vários boletins de voto em braille pelas várias assembleias de voto. Humberto Santos aplaude a medida tomada pelo Ministério da Administração Interna.
«É uma óptima solução. Coloca as pessoas com deficiência visual em igualdade social», destaca.

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