sexta-feira, 13 de junho de 2008

Alma e os mistérios da vida

Durante longos meses, de escrita solitária em momentos roubados à vida, porque todas as obrigações têm que ser cumpridas, tudo tem que continuar e foi madrugada a dentro que Luisa Castel-Branco escreveu o seu primeiro romance.

A história de uma mulher invulgar num país mergulhado nas trevas da ditadura.
“Na noite em que nasceste, madrugada adentro, coisas estranhas aconteceram”. Começa assim a história de Alma. Depois dessa madrugada o destino da criança de cabelos cor de fogo estava traçado. Na pequena aldeia todos a olhavam, a menina especial como um ser estranho, rejeitada pelo povo e pela família, restava-lhe refugiar-se na Ti Efigénia, também ele isolada do resto das pessoas e considerada bruxa. Anos mais tarde a mão de Alma, que a considerava uma inútil, envia-a para Lisboa como criada de servir. Na casa de Dona Sofia a menina de cabelos cor de fogo é acolhida e educada como a filha que Sofia não teve e pela primeira vez Alma sente-se amada e desejada. Alma vai estudar para Coimbra onde conhece os prazeres da vida académica, do sexo e Ricardo. Inesperadamente Sofia morre e Alma regressa a Lisboa. Para superar o desgosto muda-se para Paris, mas acaba por voltar à capital, reencontra Ricardo e, apesar do casamento deste, vivem uma relação proibida de onde nasce Pedro. Alma nunca revela a Ricardo que têm um filho, mas o destino encarrega-se de cruzar os caminhos.

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